quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Banda larga móvel pode emperrar no Brasil

15/04/09 - 19h29 - Atualizado em 16/04/09 - 18h03

Avanço da banda larga móvel pode emperrar no Brasil em 2010
Operadoras de telefonia celular aguardam decisão da Anatel.
Nona edição do Rio Wireless reuniu especialistas nesta quarta (15).

A continuidade do desenvolvimento da telefonia móvel no Brasil está diretamente ligada à definição favorável - e rápida - da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) quanto ao uso da frequência de 2,5 GHz pelas operadoras celulares. Esse foi o foco da 9ª Rio Wireless, evento que reuniu nesta quarta-feira (15) executivos de órgãos públicos e privados ligados à tecnologia móvel, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A faixa de frequência é o padrão adotado internacionalmente para o desenvolvimento de serviços da quarta geração da telefonia móvel, mas no Brasil foi reservado anteriormente para uso das empresas de TV por assinatura, em transmissões por rádio com a tecnologia MMDS. "Banda larga móvel só funciona tendo espectro. E a decisão da Anatel sobre o 2,5 GHz é a mais importante para o avanço dessa tecnologia no Brasil", afirma Ricardo Tavares, vice-presidente da GSM Association na América Latina, ressaltando que o atraso nessa definição pode resultar no colapso da banda larga móvel no Brasil. "Até 2010, toda a quantidade de banda disponível terá sido utilizada nas grandes áreas urbanas brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro", alerta.

Caso a Anatel decida pela não concessão de parte da frequência de 2,5 GHz (atualmente os 190 MHz de banda são usados exclusivamente pelas TVs por assinatura), Tavares prevê um futuro complicado para a banda larga móvel no país. "Ficaremos paralisados até 2015, quando será finalizado o processo de migração da TV analógica para digital. A única chance para a evolução da banda larga móvel no Brasil é agora".

Nova geração
E a aposta dos especialistas na 9ª Rio Wireless é que o padrão da quarta geração da
telefonia móvel será a tecnologia LTE (Long Term Evolution, na sigla em inglês, ou Evolução a Longo Prazo), que vem ganhando força frente ao WiMax no mercado internacional. A LTE permite conexões com velocidade de cerca de 140 Mbps, quase 10 vezes mais veloz do que as atuais conexões oferecidas pela rede 3G com a tecnologia HSPA. Mas a chegada e aproveitamento da LTE no Brasil estão diretamente ligados à disponibilidade de banda.

De acordo com o superintendente de Radiofrequência e Fiscalização da Anatel, Edilson Ribeiro dos Santos, hoje estão regulamentados e disponíveis 355 MHz para atender a banda larga sem fio. "Para 2010, se prevê a necessidade de 780 MHz. Em 2015, serão 980 MHz. E em 2020, estima-se a necessidade de 1080 MHz. Então, se não tomarmos uma providência rápida, vamos ter uma saturação do sistema", avalia Santos, acrescentando que a decisão da Anatel sobre o assunto deve sair até o mês que vem.

"As próximas licitações de tecnologia MMDS terão disponíveis 110 MHz, e não mais os 190 MHz oferecidos atualmente", revela Santos. Essa mudança pode revelar uma tendência favorável da Anatel quanto à utilização pelas operadoras celulares de parte da frequência de 2,5 GHz, hoje concentrada com as TVs por assinatura.

"Essa decisão é uma das mais importantes na história das comunicações móveis no Brasil", afirma Mario Baumgarten, vice-presidente do UMTS Forum para a América Latina, órgão que defende o uso de 140 MHz da faixa de 2,5 GHz pelas operadoras móveis brasileiras para o avanço da quarta geração no País.


PUBLICADOS BRASIL NO ORKUT

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