quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Controles remotos são fontes de contaminação


Controles remotos são fontes de contaminação, aponta pesquisa

Pesquisa da UFSCar encontrou fungos e bactérias (Foto: Wilson Aiello/EPTV)

Bactérias encontradas nos objetos podem causar infecção alimentar. 
Centro de pesquisas da UFSCar analisou equipamentos em São Carlos.

O controle remoto de aparelhos de televisão, rádio e DVD, equipamento muito comum nas residências, pode ser uma grande fonte de contaminação, alertam os pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Vários fungos e bactérias foram encontrados em objetos analisados no centro de pesquisa, o que pode oferecer riscos à saúde.

Um dos motivos para essa contaminação é a facilidade de deixar o equipamento em qualquer parte da casa, além do hábito de comer em frente à televisão. A estudante Raphaela Barini, de 10 anos, já encontrou o controle remoto atrás do sofá e até debaixo do tapete. Isso quando não está no seu colo enquanto come ou brinca com a cachorrinha.

“Minha cachorra já pegou uma vez e ela escondeu embaixo da cama, depois pegou de novo e escondeu atrás do sofá”, disse a garota. “Normalmente a gente deixa onde fica mais fácil e prático para pegar, às vezes nem é um lugar adequado”, comentou a médica Rita de Cássia Barini, mãe da Raphaela

O controle remoto utilizado pela família e outros dois, de outras casas, foram levados para um centro de pesquisa da universidade, onde passou por análises. Durante a análise dos controles foi detectada a presença de micro-organismos que são atraídos por restos de comida, seja de biscoito ou uma migalha de pão. Por menores que sejam, podem cair no controle e fazer com que ele vire um criadouro de fungos e bactérias.

Resultado
O resultado mostrou uma alta concentração da bactéria Estafilococos Aureus, que pode causar intoxicação de origem alimentar. “Esses são micro-organismos que, dependendo da situação de saúde de quem está manuseando o controle, pode produzir alguma doença; a Estafilococos Aureus pode produzir mal-estar, diarreia ou náuseas”, explicou Cristina Paiva de Souza, professora da UFSCar.

Rita ficou surpresa. “A gente acaba tendo vários controles e cada um fica espalhado em um cantinho da casa, então a gente vai passar a ter um pouquinho mais de cuidado e manter a higienização e a limpeza mais adequadas”, garantiu Rita. 

Pesquisa da UFSCar encontrou fungos e bactérias (Foto: Wilson Aiello/EPTV)


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